É com muita tristeza que venho acompanhando o desesperador desenrolar do desenvolvimento do ensino e do aprofundamento da cultura do descartável. O crescimento da industria "cultural" produz cada vez mais uma infinidades de besteróis vazios e descartáveis, criando paixões fluidas, insonsas e efemeras. Durante este mês acompanhei dois tristes episódios; o desespero de infantes com o não comparecimento de uma banda emo em uma livraria e a morte de um importante literata. No primeiro caso, apesar de previsível e esperado, não deixa de ser melancólico a histeria, quase que alucinógena, de crianças inconformadas com o não comparecimento do grupo Restart. Apesar de comica, para muitos, devo confessar que para mim também, não deixa de ser triste ver como algo tão vazio e tão sem criatividade pode comover e como uma indústria pode engolir mentes e destruir gerações. O outro fato é a morte de Saramago, importante escritor em lingua portuguesa. O triste não é apenas sua morte, pois seus escritos são, desculpe-me o chavão, imortais, mas o fato da maioria de meus alunos nunca terem ouvido sequer falar dele. Por estas razões que insisto no dever de nós, educadores, em expor o máximo possível elementos culturais autênticos e que fujam da cultura do descartável.
Um povo com bunda na cabeça... só pode falar merda!!!!