O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, anunciou ontem a retirada de 1.600 soldados da região de Basra, no sul do Iraque, nos próximos meses. As tropas remanescentes ficarão encarregadas de treinar e dar apoio ao Exército iraniano, além de policiar a fronteira entre o Irã e o Iraque. O governo iraquiano afirmou nesta quinta-feira estar preparado para assumir a responsabilidade pela segurança no sul do país.Para o historiador Luiz Felipe de Alencastro, este passo do Reino Unido isola ainda mais os EUA no campo internacional. "Do ponto de vista militar, não faz diferença nenhuma porque os britânicos só têm 7 mil soldados no Iraque; o problema é que politicamente isto é um desastre para o presidente Bush, já que Tony Blair era o aliado mais fiel dos americanos", analisou em entrevista ao UOL News. Segundo o historiador, o governo de Tony Blair ficará com uma mancha por ter participado da guerra no Iraque e esta medida do premiê britânico é uma tentativa de abrir caminho para o próximo primeiro-ministro já anunciado, o atual ministro da Economia, Gordon Brown. "O Tony Blair está pagando o mico sozinho para limpar um pouco da barra; para que o Gordon Brown assuma o governo com o prestígio mais ou menos intacto", disse.
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