terça-feira, maio 08, 2007

Mas um passo para a paz no Ulster


Mais um passo para o processo de paz na Irlanda do Norte. Antigos inimigos agora estão lado a lado no poder. O pastor protestante Ian Paisley (líder do Partido Unionista Democrático) e o católico Martin McGuinness (chefe negocial do Sinn Fein, órgão político do IRA) - vão tornar-se, respectivamente, primeiro-ministro e vice-primeiro-ministro da Irlanda do Norte e começar a governar em conjunto.
veja a matéria do Jornal de Noticias de Portugal na íntegra:

Novo governo partilhado no Ulster
Protestantes e católicos vão instaurar hoje um novo governo partilhado em Belfast, na Irlanda do Norte, pondo fim a perto de cinco anos de paralisia e criando esperanças numa paz duradoura para a região. Os inimigos de ontem - o pastor protestante Ian Paisley e o católico Martin McGuinness - vão tornar-se, respectivamente, primeiro-ministro e vice-primeiro-ministro da Irlanda do Norte e começar a governar em conjunto. Paisley, líder do Partido Unionista Democrático (DUP), sentou- se à mesma mesa com o dirigente do Sinn Fein Gerry Adams, pela primeira vez, em 26 de Março último, para concluírem um acordo de partilha do poder. Contudo, o líder protestante, 81 anos, evitou até hoje apertar a mão a um republicano, sinal de uma desconfiança que se mantém apesar do caminho percorrido. O primeiro-ministro britânico Tony Blair e o seu homólogo irlandês Bertie Ahern, vistos como os padrinhos da paz em Belfast, são também esperados em Stormont, sede da assembleia da Irlanda do Norte, para a ocasião. Blair, que deverá anunciar esta semana as modalidades da sua demissão da chefia do governo britânico, conta com a paz recuperada na Irlanda do Norte para melhorar a sua imagem. A assembleia de Stormont foi criada após os Acordos de Sexta- Feira Santa de 1998, que contribuíram para voltar a página da violência inter-religiosa que fez mais de 3.500 mortos na província britânica entre 1969 e 1998. No entanto, a assembleia regional foi suspensa em 2002 após uma rotura da confiança entre as duas comunidades e Londres retomou a administração directa do Ulster. Em 2005, o Exército Republicano Irlandês (IRA) renunciou à violência e desmantelou o seu arsenal, enquanto o Sinn Fein, seu braço armado, reconheceu a autoridade da polícia em Janeiro último, num sinal de boa vontade para persuadir o DUP de que estava pronto a governar.

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